Exames Nacionais 2007 - Verão de angústias

Época de ansiedade, angústia, alívio, controvérsia, rectificações... deixa aqui o teu testemunho, a tua experiência e partilha-a com os leitores do Outra Presença e deste blog.

Dia 26 de Junho - Dia internacional contra o abuso e o tráfico ilícito de droga.


O cinema pode ser uma ajuda preciosa na reflexão sobre o mundo em que vivemos. Aqui fica a sugestão de dois filmes a (re)ver pela força das imagens e da mensagem que veiculam:Trainspotting (1996), de Danny Boyle, uma adaptação do livro de Irvine Welsh, que conta com Ewan McGregor como protagonista e que focaliza a sua acção no consumo de droga e suas consequências directas e indirectas; Traffic (2000, realizado por Steven Soderbergh,com um elenco de luxo - Michael Douglas, Benicio Del Toro, Catherine Zeta-Jones, Don Cheadle, Luis Guzman, Dennis Quaid - que se centra no imensa teia que o tráfico de estupefacientes constrói.

Ser ou não ser professor titular...

Este não é com certeza um tema gasto, embora já se tenha dito e escrito muito sobre ele. Parece que se tem falado mais do que escrito e incomoda ver que o comentário é feito em surdina. Por isso não se pode deixar de admirar quem ergue a voz e aponta o dedo ao que considera errado ou quem numa atitude coerente se recusa a pactuar com a injustiça e a incoerência, como fez Teresa Martinho Marques na sua Crónica "Despedidas" publicada no nº 303 do Correio da Educação, da qual tomo a liberdade de citar o início e convidar os interessados a ler o restante, porque ela merece.

"Não gosto de dizer adeus. De fechar portas. De virar costas.
Nunca gostei.
A vida acaba por ser um fio contínuo e infinito com chegadas e partidas pelo meio, mas sem despedida(s) em ponto algum do caminho.
No amor, na profissão, na morte... partir e chegar são as palavras que se inscrevem alternadamente na estrada, ficando marcadas nela todas as pegadas, todos os rastos.
Partiu, por exemplo, para já, a hipótese de poder vir a desempenhar certos cargos. Dirão vocês: tu assim quiseste. Quem te mandou dizer não?
Sim, efectivamente. Mas eu não desejava ter de escolher, não com as condições e os critérios impostos, não com esta ideia de duas linhas de água paralelas: uma, rio; outra, apenas riacho. Preferia o bom senso, a competência provada em vida inteira e não em parco pedaço, o mesmo valor para cada escolha. O respeito pelos que mais viajaram.
Partida sim. Foi-se a possibilidade. Mas despedida não, porque confio, apesar de tudo, numa inteligência qualquer que um dia corrija os erros graves que estão a ser cometidos(...)."

Lembrar Eugénio de Andrade


Eugénio de Andrade morreu no dia 12 de Junho, há dois anos. Poeta da palavra, do amor, da mãe, do Porto, cidade que escolheu para viver e acabar os seus dias. Poeta de sempre, é sempre que tem de ser lembrado. Aqui ficam dois pequenos poemas e uma foto. Para ajudar a recordar...

"Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."

"Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça."


"Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus."

“QUANDO AGREDIDA, A NATUREZA NÃO SE DEFENDE. APENAS SE VINGA."

O dia Mundial do Ambiente em particular é propício à reflexão sobre este pensamento de um dos mais reputados cientistas de todos os tempos
Devemos reflectir sobre os nossos hábitos e modos de vida, tentando encontrar alternativas para os podermos mudar garantindo a satisfação das nossas necessidades e minimizando eventuais danos sobre o mundo que nos rodeia.
O SOLO, AS ÁGUAS, AS FLORESTAS, OS OCEANOS, A FAUNA, A FLORA E AS PAISAGENS são recursos naturais insubstituíveis e vitais que interessa preservar e transmitir às gerações futuras
A TERRA É A NOSSA CASA COMUM. Não existe outro planeta ao nosso alcance que possua as condições necessárias para podermos viver.
A natureza confere sentido à vida humana. A nossa longevidade é tanto mais pequena quanto mais pequena for a longevidade da natureza.

Excerto de um trabalho elaborado por Catarina Teixeira, Bruna Martins, Christopher Xastre, Tiago Sendim (Filosofia, 11º A)

Enviada por Otília

DIA MUNDIAL do AMBIENTE- 5 de JUNHO

O Protocolo de Quioto Consiste num tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de Março de 1998 e ratificado em 15 de Março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005, depois da Rússia o ratificar em Novembro de 2004.
Através dele propõe-se um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. Os países signatários terão que colocar em prática planos para reduzir a emissão desses gases entre 2008 e 2012
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4 ºC e 5,8 ºC até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para o abrandamento do aquecimento global.
Os Estados Unidos, que libertam para a atmosfera cerca de um terço da poluição, e a Austrália, são os únicos países industrializados que não assinaram o Protocolo de Quioto. A China, a Índia e o Brasil, três dos outros principais poluidores mundiais, não estão obrigados a cumprir as quotas de Quioto pelo seu estatuto de países em desenvolvimento.
Como verificámos os países mais industrializados, os chamados mais desenvolvidos, são os que mais contribuem para uma degradação progressiva do planeta Terra. Devido a este facto, produzem uma grande quantidade de resíduos tanto domésticos com industriais, pois, visto serem os mais industrializados, são os que possuem uma maior densidade populacional
Por esta ordem de ideias, deviam ser os mais respeitadores do protocolo de Quioto, contudo isso não se verifica porque economicamente não lhe convém e, com isto, quem mais sofre não são esses mesmos países mas aqueles que menos poluem.

Nesta situação é realmente e literalmente Verdade: PAGA O JUSTO PELO PECADOR. CABE A TODOS NÓS COMBATER ESTA INJUSTIÇA.

Excerto de um trabalho elaborado, na disciplina de Filosofia, turma 11º A por: Cátia Fernandes,Cátia Miranda, Cláudia Anes e Fábio Rodrigues

Enviado por Otília Afonso

Dia da Criança

Felizmente que há dias para poder dedicar aqueles de que mais gostamos. Primeiro de Junho é, especialmente, dedicado às crianças, muito embora lhe devessemos dedicar todos os segundos do nosso tempo.
Neste dia que é o vosso quero,para todas sem nenhuma excepção, desejar felicidade e sorte. Este voto é especialmente dirigido àquelas criança a quem é roubada a infância e a inocência sob as mais diversas formas: exploração laboral, sexual e militar,vítimas de fome, violência, negligência e até da perversidade dos adultos.
Se pensarmos que a casa é um dos locais mais perigosos para as crianças teremos, talvez, a dimensão do que falta fazer para que aqueles que têm o dever de proteger o façam de facto.
Na sociedade actual onde o individualismo é uma constante temos a tendência para pensar que só nos devemos preocupar com o que à "nossa vidinha" diz respeito e o resto...é responsabilidade dos outros.É em parte por esta falta de consciência cívica que toleramos, mais do que isso, damos cobertura tornando-nos cúmplices de "verdadeiros pecados capitais"que destroem a vida dos futuros seres humanos.
Todos somos responsáveis pela protecção de quem por si só não pode defender-se.
Todos sem eliminar nenhum, em especial os MEUS MENINOS, recebam um beijo de afecto e votos de felicidade.

Otília