Homenagem à Mãe

Face ao número de textos enviados para homenagear a Mãe,criou-se esta entrada. Merecida pelas duas razões: a mãe e os dois filhos(eles e os textos.

10 Comentários:

Anónimo disse...

Escrevo rios de tinta
Algumas árvores mato
Como vai esta poetisa
Construir om teu retrato?

Talvez prefiras ir dar um passeio
a um rio ou a outro lado
Conversarmos um pouco
Percebermos o que está errado.

Vês como a água envolve os peixes?
Calma, serena, azul e anil?
Um abraço teu é como isto
Mas multiplicado por mil.

Talvez o tempo nos separe
Devido ao runmo que tomar
mas continuo a gostar de ti
e quando qwuiseres voltaremos cá.

Anónimo disse...

A mãe
É uma árvore e eu uma flor
Tem os olhos altos como estrelas
Os seus cabelos brilham como o sol
faz coisas mágicas
Transforma farinha e ovos em bolos
Linhas em camisolas
Tem mais força do que o vento
carrega sacos e sacolas
E já me carregou a mim.
Quando canta
Tem um pássaro na garganta
Conhece o bem e o mal
Diz que é bem partir pinhões
e partir copos é mal.
Eu acho tudo igual.
Descobre as histórias nos livros
quando só vemos rabiscos.
Podia ser só minha
mas tenho de a emprestar aos outros,
os seus alunos que a aguardam.
À noite descasca batatas
e eu desenho caras nelas
E a cara mais linda
É a da minha mãe Gilma.

Anónimo disse...

O teu olhar meigo e singelo
É tudo o que um filho quer
A doçura do teu sorriso belo
E a ternura de mulher.

A vida sem ti era vazia
Sem ti eu não era ninguém
A árvore da terra nascia
E eu devo a vida a ti - mãe.

és tu que me dás força
Com a presença do teu espírito
que me ajuda em todos os momentos.

Anónimo disse...

Na infinidade do mundo
Uma palavra surge: Mãe...
É uma das mais pequenas
mas a maior que o mundo tem.

Uma mãe é sempre atenta
E também muito carinhosa
Uma corajosa mãe
Está sempre muito formosa.

Atenta, bonita
Uma mãe tem sempre de estar.
Obediente e cuidadoso
Um filho tem de ficar.

Anónimo disse...

Mãe, o teu amor´é como o calor de cem sóis
que me aquecem nas noites frias de luar

Mãe, és a m,ais bela rosa
que vive no meu jardim

Mãe, tu és uma pérola
do mais belo recife de corais
perdido no meu coração

Mãe, quero agradecer-te
o amor que me dás
a alegria que vejo
quando sorris e olhas para mim.

Anónimo disse...

Mãe
Palavra pequena,
mas com grande significado
Mãe, mulher, pessoa amada
fonte de ternura
fonte de amizade
o embalo dos meus sonhos
tornando-os realidade.
Amiga em todas as horas
suporte do meu ser,
transformas todas as horas
em doce amanhecer.
Amiga muito querida,
Obrigada.

Anónimo disse...

Mãe,
aroma silvestre nunca agreste,
diamante em bruto e resoluto.

Mãe,
elegância mimosa
leveza graciosa
beleza sem igual.

Mãe,
poço de sabedoria
prática engenharia
caligrafia ilegível
amor perceotível.

Mãe,
uma palavra não para descodificar,
mas para amar.

Mãe,
palavra eterna e profunda.

Anónimo disse...

Mãe, palavra pequena
de amplo sentido.

Palavra em que a ternura vagueia
Como a aranha tece a sua teia
Sem saber como nem porquê.

E entre a espada da vida
Surge o teu amor
Como uma flamejante chama
Que faz sentir a sua luminosidade e amor.

Pois a vida
Não é a essência campestre de um ranúnculo amarelo,
A mágoa sob a água flutua
Como no mar, o eloquente e gracioso esvoaçar
De uma simples gaivota.

E mesmo que o vento deixe de soprar,
E que o brilho das estrelas não se observe
porque o permanecer da nebulosidade o impede
Mãe, estás comigo.

Porque tudo em ti é perfeito...
Como o melodioso canto dos pássaros,
que conquista os jardins
Como se os lírios, jasmins, túlipas e alecrins
Durassem eternamente

Como o azul do céu intenso, vigoroso
Como o branco puro e terno do algodão
Como o toque de um violino sublime, harmonioso
Como o beijo de uma criança doce e amoroso.

Contigo
A tranquilidade se sente
Porque o meu delicado coração não mente
Está junto de quem ama.

Anónimo disse...

O 1º Domingo do mês de Maio, e provavelmente não por acaso, a SociedNade Ocidental Europeia comemora o dia da MÃE. É possível que a selecção desta data se prenda com tradições ancestrais que imperativos cristãos fizeram o impossível por banir sem, contudo, terem atingido o objectivo.
O calendário da Religião Antiga apresenta oito festas anuais, uma das quais a 30 de Abril: BELTANE. Também conhecida como Véspera de Maio ou Noite de Valpúria, Beltane é assinalada com grandes fogos – Fogueiras de Beltane - e a Rainha de Maio casa com o Deus Sol promovendo a perfeita Harmonia entre os Princípios Feminino e Masculino: a Mãe Terra e o Pai Sol.
A Terra é de facto a nossa Mãe: é ela que nos sustém, nos alimenta e no fim a ela regressamos. A consciência deste facto é universal sendo que as suas primeiras manifestações remontam à pré-história.
Alguns dos achados mais impressionantes do paleolítico foram estatuetas pinturas e gravuras que representavam Mulheres, em especial no seu papel de Mães. As vulvas, as nádegas, os seios e os ventres grávidos destacam-se sempre, por oposição aos contornos quase indefinidos das pernas, dos braços e da cabeça. As estatuetas ganharam o nome de Vénus e foram consideradas arquétipos da feminilidade e das suas funções, mas também desde cedo se admitiu tratar-se de testemunhos da antiga crença numa Deusa-Mãe Universal.
Esta crença não foi - apesar de 2000 mil anos de cristianismo principal responsável pela demonização da Deusa, da Grande Mãe, do Sagrado Feminino - inteiramente banida.
Reminiscências deste culto emergem em todos os continentes, sob a forma de Mitos. «Segundo alguns nativos americanos, a Primeira Mulher saudou o Grande Espírito e o Primeiro Homem com as seguintes palavras: “ Filhos, vim para ficar convosco e para vos trazer amor.” Depois de ter povoado o mundo com muitos rebentos, sobreveio uma fome e, ao ver os filhos infelizes, ela insistiu que o marido a cortasse aos pedaços e lhe arrastasse o corpo à volta de um campo antes de enterrar os ossos no centro. Sete meses depois o campo encheu-se de milho, que serviu para alimentar todos e que, disse ela, era a sua carne, pelo que tinham que devolver uma porção à terra para perpetuá-la. Quanto aos ossos, enterrados no meio do campo, produzem tabaco, que é um símbolo de paz para os nativos americanos.»
Este mito ilustra a primazia da Divindade Feminina: a Grande Mãe Universal, a Criadora a que alimenta. A maioria das Mães identifica-se com este modelo comportamental: ficam, estão presentes nos bons e nos maus momentos, persistem e perseveram no amor, galgam montanhas construindo felicidade, paz e concórdia e se for preciso saciam, literalmente ou não com o seu corpo e o seu espírito a fome dos seus filhos. Aliás, estes, credores do maior e mais generoso amor perpetuam-na; enquanto o Filho não morrer a Mãe continua, na sua memória viva e actuante. As Mães e a minha em particular pertence ao grupo cantado pelo poeta “ Aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”.
Por mais que indaguemos, dificilmente encontraremos no domínio das acções humanas algo que ultrapasse ou quiçá atinja a grandiosidade da dádiva e do amor incondicionais da Mãe pelos seus Filhos. O que os une é mais do que humano: É Sagrado…É Feminino.

Anónimo disse...

A propósito...dia da Mãe são todos os compreendidos entre a concepção e a morte de um filho.
Mãe, é uma entidade incomensurável e indizível que não cabe em nenhum lugar comum.
Num dos evangelhos de Nag Hammadi,textos maioritariamente gnósticos, o narrador é uma voz Feminina, talvez a da Divina Pistis Sophia, e refere-se a si mesma nos seguintes termos:

« Pois eu sou a primeira e a última.
Eu sou aquela que veneram e de quem zombam.
Eu sou a prostituta e a santa.
Eu sou a vida e a virgem.
Eu sou a mãe e a filha.
Eu sou os membros da minha mãe.
Eu sou a estéril e muitos são os meus filhos.
Eu sou aquela cujo casamento é grande e que não tomou marido.
Eu sou a parteira que não dá à luz.
Eu sou a consolação das minhas dores de parto.
Eu sou a noiva e o noivo e foi o meu marido que me procriou.
Eu sou a mãe do meu pai e a irmã do meu marido, e ele é o meu rebento...
Ouçam-me com atenção.
Eu sou a desgraçada e a grandiosa.»

A mensagem é tão poderosa que prescinde de comentários e impõe-se por si mesma. Para todas as Mães, um beijo.